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“Estadualização pode ser a solução para combater ineficácia da gestão federal”, afirma Luis Carlos Nigro

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O Projeto de Lei que garante a estadualização do Parque de Chapada dos Guimarães será votado nesta quarta (4)

Vanessa Moreno

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Mato Grosso (SHRBS-MT) e do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur-MT) da Fecomércio-MT, Luis Carlos Nigro, defende que a gestão do Parque de Chapada dos Guimarães deixe de ser nacional e passe a ser de competência do Governo do Estado de Mato Grosso para que os investimentos necessários possam ser realizados.

“A estadualização pode ser a solução para combater a ineficácia da gestão federal, que está deixando a desejar quanto aos investimentos de infraestrutura e cuidados ao Parque de Chapada dos Guimarães”, afirma Nigro.

Atualmente, o Parque é gerido pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), que tem como responsabilidade proteger, combater crimes ambientais, revitalizar, modernizar, estruturar a visitação e manter os serviços turísticos com garantia de segurança aos turistas.

Nigro observa diversos problemas ocasionados pela má gestão do ICMBio, como: infraestrutura precária, falta de exploração de novos atrativos, falta de placas com informações, falta de segurança, poucos funcionários, falta de manutenção, entre outras questões.

Em novembro de 2022, o Instituto lançou um edital de licitação para privatizar a gestão do local por um período de 30 anos, com a exigência de investimentos no valor de R$18 milhões e com a possibilidade de cobrança de entrada no valor de até R$100 por pessoa, fato que gerou revolta entre entes do poder público e do trade turístico de Mato Grosso.

“R$18 milhões para ser investidos em 30 anos não dá para fazer absolutamente nada por um Parque como o de Chapada. É impossível oferecer alguma melhoria no local com esse valor e cobrar para que o turista possa desfrutar de um patrimônio natural é um absurdo”, destaca Luis.

A probabilidade de concessão causou não só o descontentamento do trade turístico, mas também do governador Mauro Mendes (União), que desde então passou a dedicar esforços para estadualizar o Parque, com o compromisso de investir mais de R$200 milhões em quatro anos, sem a cobrança de taxas para a visitação. “O Estado de Mato Grosso tem hoje a capacidade de realizar os investimentos que ele se propõe a fazer”, garantiu o governador durante audiência pública da comissão de Meio Ambiente que discutiu o PL 3.649/2023, de iniciativa da senadora Margareth Buzzetti (PSD) e relatoria do senador Mauro Carvalho (União), nesta terça-feira (3).

A discussão se arrasta há quase um ano e a estadualização deverá ser votada nesta quarta (4). “O que estamos tentando fazer desde o ano passado é que o Governo Federal fizesse uma delegação do Parque para o Estado de Mato Grosso. Nós somos contra essa concessão. ”, disse Mauro Carvalho.

O Parque de Chapada dos Guimarães possui 32.630 hectares e abriga uma variedade de ambientes, fauna, flora e relevos diversos, muitas cachoeiras, inclusive o cartão postal de Mato Grosso, Véu de Noiva, e é marcada por fazer parte da bacia hidrográfica do Alto Paraguai, protegendo cabeceiras do rio Cuiabá, que é um dos principais formadores do Pantanal mato-grossense.

“Mato Grosso já tem a chancela de ser um dos estados que mais preserva no Brasil. Recentemente conseguiu o feito de diminuir 53% dos focos de incêndio, tenho certeza que fará uma gestão muito mais competente e efetiva para a exploração turística e de preservação ambiental”, assegura Luis Carlos Nigro.

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